sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Desabafo

 
Nada do que eu fiz foi relevante pra ti
E agora, estando nessa situação, me sinto como uma gaivota presa a uma gaiola.
Do qual o amor é a grade que me aprisiona nesse sentimento.

Penso a cada instante na sua incapacidade de perceber o quanto amei você
E o quanto me revolto por ter permitido que isso fosse acontecer.

Eu previa a cada encontro o que estava prestes a acontecer, mas o meu coração
desejava todo tempo se esconder para continuar vivenciando esse querer.

Eu fui levando comigo tudo aquilo que pensei me fazer bem e que, na verdade, só me fazia
despencar de um penhasco profundo.

Agora o meu corpo, minha mente, minha alma e, principalmente o meu coração chora e grita,
mas ninguém consegue me ouvir ou me ajudar porque desse amor só eu posso me livrar.

Silêncio


Permita que eu feche os meus olhos
E me conforme em ser sozinha
Para ouvir certas coisas
Certas coisas difíceis de enxergar, de dizer
E até expressar

No silêncio, percebo flor e nuvem
Estrela e março
Sempre limitados a chorar
Vejo meu sonho naufragar

O vento se curva de frio
E uma lágrima cai do meu olhar
Mostrando o tempo passar

Permita-me emudecer
Sem compreender
Me conformar com a solidão
Com a doce luz do silêncio
Porque ainda sinto os sintomas dessa paixão.